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Mostrando postagens de maio 22, 2023

OBS: LER A HISTÓRIA OUVINDO A MÚSICA AO MESMO TEMPO E COMO VOCÊ ESTIVESSE PRESENTE EM TODO ENREDO...

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VAMPIROS DA HUNGRIA

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obs: ler a historia do vampiro ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional (RELATOS VERÍDICOS) Charles Nodier (1870 – 1844) Tradução de Paulo Soriano Um soldado húngaro estava hospedado na casa de um camponês da fronteira. Certo dia, quando comiam juntos, o soldado viu entrar um desconhecido que se sentou à mesa, junto a eles. O camponês e sua família ficaram aterrorizados com tal visita. Já o militar, que ignorava o que se passava, não sabia a que atribuir o pavor que assediava essas boas pessoas. Mas, no dia seguinte, quando encontraram o dono da casa morto sobre a cama, o soldado soube que fora o pai de seu anfitrião – este último morto e enterrado há dez anos –, que tinha vindo sentar-se à mesa, ao lado de seu filho, e desta forma lhe havia anunciado e causado a morte. O militar participou ao seu regimento o acontecido. Os generais enviaram um capitão, um cirurgião, um auditor e alguns oficiais...

PRESAS QUE RASGAM MINHA CARNE

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obs: ler a historia do vampiro ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional Maycon Guedes Samanta acelerou o passo no exato momento em que viu o portão do cemitério aberto. Ela não tinha outra escolha a não ser entrar naquele local macabro para fugir de seu agressor. Seu marido a perseguia ferozmente e, sabendo dos danos que sofreria, Samanta não hesitou em se esconder na escuridão daquele lugar fúnebre. Permeada pelo sono eterno dos mortos, sentindo o calafrio percorrendo todo o seu corpo marcado pela violência, a pobre vítima refletiu que, por mais assustador que aquele lugar demonstrava ser, não era mais assustador que a vida fora dali; era muito melhor estar entre os mortos naquela madrugada fria. Um grande jazigo velho de grades enferrujadas chamou a atenção de Samanta - ali seria o local de seu refúgio. Com facilidade ela abriu as grades, sentindo a ferrugem úmida grudar em suas mãos e, em sil...

Casa abandonada

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obs: ler a historia da casa abandonada ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional Quando criança, eu e meus vizinhos gostávamos de brincar de esconde-esconde na rua. Sempre achei muito divertido brincar desse jeito, pois cada um se escondia em uma casa, e como o bairro era grande, passávamos horas procurando todos. E muitas vezes, enquanto estávamos sendo procurados, mudávamos de esconderijo. Na esquina da rua havia uma casa que tinha sido abandonada no meio da construção, e todos os meus amigos diziam que não devíamos nos esconder lá, porque todos que entravam naquela casa nunca saiam. Um dia fiquei curioso, e decidi me esconder na casa. Passei por de baixo do portão e entrei. Olhando de fora dava para perceber que a casa não tinha cômodos ainda, a única coisa construída eram os muros de fora. Dei a volta na casa, encontrei um espaço onde deveria ter uma porta e passei por ele. Assim que entrei ...

O SONHO

obs: ler a historia do sonho ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional Claudinho tinha onze anos e sonhava ser jogador de futebol. Palmeirense fanático, não perdia um jogo sequer do Palmeiras na televisão e tinha os pôsteres emoldurados de campeão da Copa do Brasil de 2015 e o de Campeão Brasileiro de 2016 — os dois títulos que ele havia visto o time conquistar — na parede. Claudinho tinha uma irmã mais nova, de nove anos, com quem ele brincava de driblar pela casa, sob protestos dela e da mãe, que temia que ele quebrasse alguma coisa. Ele queria um dia jogar no Palmeiras, mas o seu maior sonho mesmo era conhecer o Allianz Parque, sentir a emoção da torcida, gritar “Meu Palmeiras, Meu Palmeiras” durante o Hino Nacional. E o menino não falava em outra coisa, estava inclusive juntando dinheiro em seu porquinho para ajudar a pagar a viagem. Claudinho morava em Londrina, seu pai era policial, e a mãe...

ESCURIDÃO DO INFINITO

obs: ler a historia do vampiro ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional “A escuridão se assemelha ao mais profundo breu do infinito, sem estrelas, sem brilho, sem alma.” Abre os olhos e depara-se com aqueles olhinhos azuis olhando diretamente para os seus, ele segura o bebê por baixo dos bracinhos o deixando sentado em seu colo. A sensação que experimenta é a mais inexorável paz, daquela que é impossível sentir não estando completamente sozinho, envolto em si sem a mais ínfima das interferências exteriores. Mas olha só. Sente a mesma coisa estando com seu filho no colo. Uma conexão nunca possível sem a solidão, e mesmo assim ele está ali, em dois, como se fossem apenas um. Não consegue parar de sorrir, olha para aquele rostinho redondo como um pedaço inteiro de queijo de fazenda e faz caretas tentando absorver qualquer resquício de sorriso que possa sair daqueles lábios rechonchudos e perfeitos ...

PIERRE BOURGOT, O LOBISOMEM

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obs: ler a historia do lobisomen ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional     Sabine Baring-Gold (1834 – 1924) Tradução de Paulo Soriano   Em dezembro de 1521, Boin, o inquisidor-geral da diocese de Besançon, tomou conhecimento de um caso de natureza suficientemente terrível para produzir uma profunda sensação de alarme na vizinhança. Dois homens foram acusados de bruxaria e canibalismo. Seus nomes eram Pierre Bourgot — ou Pierre, o Grande, como o povo o apelidara em razão de sua estatura — e Michel Verdung. Pierre não ficou muito tempo sob julgamento antes de fazer uma confissão completa de seus crimes. Ei-la: Há cerca de dezenove anos, por ocasião da feira de Ano Novo em Poligny, uma terrível tempestade caíra sobre a região, e, entre outros danos causados pela tormenta, registrara-se a dispersão do rebanho de Pierre. — Em vão — dissera o prisioneiro — eu trabalhei, acompanhado po...

ESCURIDÃO

obs: ler a historia da escuridão ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional Acordei no meio da noite e como de costume coloquei a cabeça pra fora do beliche para conferir se meu irmão mais novo ainda estava na cama, e para minha alegria ele estava. Nosso trato era que quem acordasse primeiro dormia do lado de nossa mãe no quarto dos nossos pais. Desci a escada do beliche tomando o maior cuidado para não acordá-lo, só o fato de conseguir o lugar ao lado da minha mãe no dia do meu aniversário era muito gratificante, não que meu pai fosse uma pessoa ruim, ele até mimava demais a gente, é que nada se compara ao calor de uma mãe, a forma como ela nos aconchega em seus braços, a gente se sente seguro de verdade. E na pontinha do pé eu fui até a porta, o quarto iluminado pela luz de um abajur era aconchegante, mas eu não via a hora de estar na cama dos meus pais, então sem pensar muito sai do quarto, qua...

O LOBISOMEM PETER STUMMP

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obs: ler o lobisomem P. S., ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional Montague Summers (1880 – 1848)   No final do século XVI, uma criatura aterrorizava na cidade de Bedburg, Alemanha. Com indescritível crueldade, matava gado, mulheres e crianças. Em choque e assustados, os moradores acreditavam que eram vítimas de um demônio furioso saído do inferno ou — o que era igualmente terrível — de um lobisomem sanguinário. Peter Stumpp nasceu na pequena vila de Epprath, bem perto da cidade de Bedburg. Desconhece-se a data exata de seu nascimento, porquanto os registros da igreja local foram destruídos durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648). Em 1582, Peter Stumbb era um rico fazendeiro que prosperava na comunidade rural de Bedburg. Era viúvo e pai de dois filhos: uma mocinha chamada Beele (Sybil), de cerca de quinze anos, e um filho cuja idade se desconhece. Aparentemente, Stumpp teve um relacio...