(Inclui o sobrenatural de forma artificial e folclórica, como vampiros, lobisomens, zumbis...)
OBS: LER A HISTÓRIA OUVINDO A MÚSICA AO MESMO TEMPO E COMO VOCÊ ESTIVESSE PRESENTE EM TODO ENREDO...
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O Reflexo da Maldição - Uma história de lobos
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Acordei com um
barulho. Parecia um grito. No caminho para a
cozinha vejo uma gota de sangue no chão. Rapidamente chamo por minha mulher.
Não ouço resposta. Vou para o quarto da minha filha e vejo o que eu temia. Ela
estava olhando para mim. Com os olhos arregalados e algumas partes do seu
corpo, estavam espalhadas pelo quarto. Comecei a vomitar, não acreditava no que
via. ─ Minha filha!... Meu
Deus! Quem teria feito isso? Andei bem devagar...
Olhando para seus olhos, toquei em seu rosto ensanguentado... Lembrei dos
momentos em que a vi crescer. Não conseguia tirar
os olhos do corpo mutilado. Foi quando eu vi... Vi claramente ela sorrindo. Sua
cabeça virou em minha direção... Eu cai de joelhos e coloquei minha mão na boca
para não gritar. Meu Deus... por favor meu Deus... Seus pedaços pelo chão. E se
ela perceber que faltam algumas partes do seu corpo. O que vou fazer? Ela
sorriu... ─ Pai, Me abraça? ─ Eu estava louco?
Fiquei ali. Paralisado e apavorado. ─ Me abraça papai! ─ Eu me arrastava
tentando compreender tudo. De repente ela
começou a gritar desesperadamente! ─ Lobisomem! Papai!
Me ajuda! Quando olhei para trás vi a fera com sangue na boca e os olhos
vermelhos. Uivando, enquanto suas garras me rasgavam. Consegui me livrar e
corri para a cozinha. Minha mulher estava de costas perto do fogão. Porque ela
não me ouviu gritar? Ela estava tirando os bolinhos de queijo do forno e falou
comigo sem me olhar: ─ Querido! O café
está quase pronto. Lourdes a nossa
filha... ─ Oh! Sim ela já vem. Ela virou para me
olhar... Seu rosto estava todo estraçalhado, a pele caia, misturando-se com o
seu pescoço e sua roupa estava ensopada de sangue... ─ Lourdes, Meu Deus! Ela cai sem vida. Escuto novamente
aquele uivo. Saio de casa e corro
pela floresta. Meu coração estava disparado... Gritei por socorro, mesmo
sabendo que ninguém me ouviria ali. Cansado, desmaiei próximo a estrada... Aos poucos meus olhos
se abriram e eu estava em uma cama. Aos poucos fui conhecendo o local. Eu
estava na casa do meu irmão Heitor. A porta abre e
Verônica aparece com um pouco de chá. ─ Você teve uma noite
difícil. Verônica era a esposa
do meu irmão. Minha família? Um
lobo... Devorou minha família. ─ Eu sei. Ela me abraçou por
alguns instantes. ─ Deus! Eu ainda não
acredito o que fizeram com a sua família. ─ O lobo... Tinha um
lobo... ─ Como era o lobo? ─ Grande... Parecia
humano... Grande demais para um lobo. Ele andava como a gente. Nunca vi algo
assim. Ela estava olhando
fixamente para mim, e aos poucos Verônica desabotoou a sua camisa e me disse: ─ Era humano? ─ Não, era um lobo.
Olhos vermelhos. Todo preto. Garras enormes não pareciam ser de um simples
lobo. Parecia mais um leão. Seus olhos eram a própria morte. Ela olhou para mim e
abriu a camisa sorrindo. ─ Olhe, veja o que
ele fez. Venha me dar um beijo? Ela estava sem a pele
da barriga... Tinha sangue por toda a calça. ─ Pelo amor de Deus
Verônica! Por favor! Não chegue perto de mim. Por favor. ─ Mas eu quero você.
Quero fazer amor. Antes que o lobo apareça. Eu escuto o uivo
novamente quando o vejo na janela, e saio correndo. ─ Volte Cícero! Não
corra do lobo! Eu preciso de você! Olho para trás e
ainda a vejo cair sem vida. Continuo correndo
pela floresta. De repente alguém me segura com toda força. Tento lutar, mas é
em vão. Quando minha visão clareia, vejo que é meu irmão Heitor que estava me
segurando. ─ Pare! Eu sei quem é
o lobo. Venha! Venha agora! Eu não conseguia mais
falar. Ele me pegou pela mão e me levou para a casa do meu outro irmão, Doutor
Prático ou simplesmente Doc, um apelido que usavamos depois que ele se formou
em veterinária. Era bem perto dali. Ele falava muitas coisas, mas eu ainda não
entendia direito o que estava acontecendo. Já não sabia se era real ou
pesadelo. Minha cabeça era um grande vazio preenchido pelo terror. Era muita
coisa em uma só noite. Entramos na casa do
Doc. Lá, tinha uma grande sala e fiquei no sofá. ─ Cícero. Fique aqui.
Vou chamá-lo. Espero por um momento
e logo vejo meus irmãos vindo em minha direção e discutindo: ─ Não me importa!
Sinceramente isso não é da minha conta. Você sempre protegeu o nosso caçula.
Resolva o problema você mesmo. Ele deixa Heitor na sala e sai rapidamente
daquele cômodo sem falar comigo. Eu não acreditei!
Nossa família estava morta e o meu maldito irmão mais velho não queria se
envolver? ─ Não se preocupe com
ele Cícero. Ele sempre foi assim. De repente escuto as
portas e janelas se fechando. Ouço uma gargalhada.
Era o Doc. O som era alto, estava vindo de um autofalante colocado na sala.
Fiquei atento, ouvindo tudo: ─ Heitor! Heitor!
Finalmente você entendeu que nosso irmão caçula deve morrer. ─ Por favor! Não faça
isso Doc! Eu sei que você me avisou, mas eu simplesmente não posso. Não posso!
É nosso irmão! Será que você não tem coração. ─ Eu tinha... Até o
lobo aparecer em nossas vidas. Até ele destruir nossa família e por isso hoje
sei o que deve ser feito. Fiquei desesperado.
Nossas famílias mortas e eles discutindo daquela forma? Não fazia sentido! Eu
tinha que dizer algo. ─ Do que é que vocês
estão falando? Heitor? Doc? Por favor, vamos chamar a policia. Nossa família
está morrendo por causa desse maldito lobo. Heitor abaixa a
cabeça, olha para a cintura, pega uma arma e aponta para a minha cabeça. ─ Cícero. Perdoe-me
Eu não tinha coragem para fazê-lo, mas vendo você mencionar a família só me da
mais coragem de atirar. Por favor, não se mova. ─ Mas que diabos está
acontecendo aqui? Porque esta apontando essa arma para mim? Heitor, com a arma na
mão fala para o Doc. ─ Eu sei que está
certo. Sei que viveu seus últimos quinze anos estudando veterinária. Escreveu
muitos livros sobre a vida dos lobos. Cícero merece saber a verdade antes de
morrer... ─ Tudo bem Heitor eu
conto: ─ Cícero, quando
éramos mais jovens, fomos atacados por um lobo você lembra? ─ Sim Doc! É Claro.
Ele voltou e é por isso que estamos aqui pedindo ajuda, mas eu não esperava que
meu próprio irmão apontasse uma arma para mim... ─ Eu salvei vocês
dois, só que Heitor me escondeu um segredo. ─ C... Como assim?
Que segredo? Heitor corre em minha
direção e me segura pelo colarinho, aponta a arma para minha cabeça e grita: ─ Ele te mordeu
idiota! Será que não se lembra disso? O maldito lobo te mordeu! Eu escondi este
segredo de você e do Doc, mas ele sempre desconfiou. Por isso ele colocou uma
bala de prata neste revolver. Para acabar com isso. Acabar com sua vida. Com a
maldição e principalmente matar o Lobo. ─ Lobo? Eu? Você está
Louco. Eu o vi! Eu não estava
acreditando. Meu próprio irmão dizendo que eu era o autor dos assassinatos, da
minha própria filha, esposa e cunhada. Heitor me levou até uma das janelas da
sala... Olhei para a janela e Gritei. ─ O lobo! Ele está
bem aqui na janela! Atira Heitor! Atira Agora. Ele me segurava e
gritava. ─ Cícero esta não é
uma janela comum. Ela é de prata. Está mostrando seu verdadeiro reflexo. Você
esta vendo o que realmente é. Oh. Meu Deus. Não é
possível. Não pode ser. Eu, eu... Não havia mais o que
falar. Fiquei olhando meu reflexo. Estava, o tempo todo, tentando fugir de mim
mesmo, dos meus crimes, da minha maldição. Por um momento olhei
para o Heitor e finalmente disse. ─ Então atira. Atira
agora e acabe com isso de uma vez! Heitor me empurra e
caio sentado no sofá. Ele aponta a arma no meu peito e fica tremendo... Eu
fecho os olhos e escuto ele dizer que me ama e logo em seguida um tiro. Dou um
grito. Finalmente escuto o
Doc correr para a sala. ─ Não... Não! Eu abro os olhos e
vejo Heitor no colo do Doc. Atirou nele mesmo e estava sangrando muito, mas
ainda estava vivo e disse: ─ Fracassei Doc! Ele
é meu irmão... Eu o amo. Vejo Heitor
lentamente parar de respirar. O Doc fica chorando. ─ Era para ser tão
simples... Tão... Tão "Prático". Eu queria dizer algo,
mas não conseguia me mover. Algo me possuía. Olho para a janela e a vejo
quebrada. A bala passou por Heitor e quebrou um dos vidros da janela. Fiquei
tonto e a última coisa que vi foi a lua cheia, através da janela. Escrito por Adriano
Siqueira
obs: ler a historia do vampiro ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional (RELATOS VERÍDICOS) Charles Nodier (1870 – 1844) Tradução de Paulo Soriano Um soldado húngaro estava hospedado na casa de um camponês da fronteira. Certo dia, quando comiam juntos, o soldado viu entrar um desconhecido que se sentou à mesa, junto a eles. O camponês e sua família ficaram aterrorizados com tal visita. Já o militar, que ignorava o que se passava, não sabia a que atribuir o pavor que assediava essas boas pessoas. Mas, no dia seguinte, quando encontraram o dono da casa morto sobre a cama, o soldado soube que fora o pai de seu anfitrião – este último morto e enterrado há dez anos –, que tinha vindo sentar-se à mesa, ao lado de seu filho, e desta forma lhe havia anunciado e causado a morte. O militar participou ao seu regimento o acontecido. Os generais enviaram um capitão, um cirurgião, um auditor e alguns oficiais...
obs: ler "Jão do lobisomem" ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional Paul L. Jacobs (1806 – 1884) Os lobisomens vieram-nos, provavelmente, dos Caldeus e dos povos pastores que se viam obrigados a defender seus gados contra os lobos. E o terror que esses animais infundiam, divagando, à noite, em volta dos currais, favorecia os malfeitores, que se disfarçavam em lobos furiosos para cometer roubos ou atos de vingança. Daqui provém esta superstição de todos os tempos e de todos os países, conhecida por nomes diferentes, e rodeada por circunstâncias mais ou menos estranhas: Luciano[1], Plínio[2], Virgílio[3] se ocuparam destas coisas. Finalmente, esses homens antropófagos, que andam de noite solitários e furiosos, tendo sinais característicos de lobo, se perpetuam ainda em muitos pontos da França. Há anos que a aldeia de Ryans, que foi uma grande cidade, cinco léguas distantes de Bourges, ...
obs: ler a historia da noite do lobo, ouvindo a musica ao mesmo tempo faz você viajar na historia, como se você estivesse lá envolvido em tudo: o áudio do play é opcional (E. S. Siqueira, Menção Honrosa no Concurso Bram Stoker de Contos de Terror) Onde que será que se meteu o Tião, perguntava Maria ao fechar a janela de tábuas da tapera onde viviam. Lá fora a lua cheia clareava a noite como se fosse dia. Dentro da casa, à luz de querosene, ela se preocupava com o marido. Foi até o quarto e caminhou até a cama onde estava a bebê de poucos dias, embrulhada nos panos. Sorriu ao ver a filha, admirando-a com amor e afeto. Deixou o quarto. Deve estar na venda, voltou a pensar no marido. Aquele home quando bebe esquece das horas. Caminhou pela pequena cozinha, mexeu em alguns vasilhames. Estava inquieta. Ele sabe que não gosto de ficar sozinha. Pegou a lamparina de querosene e voltou para o quarto, colocando-a sobre uma mesinha. Deitou na cama, ao lado da filha e ficou pensando no batis...
Capítulo 1: O Baile de Outono A noite do baile de outono na pequena cidade de Ravenswood era sempre o evento mais aguardado do ano. Para Elena Harper, de 17 anos, era apenas mais uma desculpa para escapar da monotonia de sua vida. Vestida com um simples vestido preto, ela se misturava à multidão de adolescentes animados no ginásio da escola, mas sua mente estava em outro lugar. Enquanto as luzes piscavam e a música ecoava, Elena sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Era como se estivesse sendo observada. Virando-se, seus olhos encontraram os de um estranho parado na entrada do ginásio. Ele era alto, com cabelos negros bagunçados e olhos tão escuros que pareciam absorver a luz ao seu redor. Havia algo nele que a fazia querer olhar para longe, mas ao mesmo tempo, ela não conseguia desviar o olhar. "Quem é ele?" murmurou sua melhor amiga, Claire, ao seu lado. "Nunca o vi antes." "Nem eu", respondeu Elena, sentindo o coração acelerar. O estranho caminhou le...
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